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Feedbacks: como torná-los mais assertivos e funcionais

A comunicação é uma das soft skills mais importantes nas empresas.

  • Bárbara Gomes
  • janeiro 18, 2023

A comunicação é uma das soft skills mais importantes nas empresas. E, para que uma cultura de feedback seja implementada corretamente e traga benefícios reais, é essencial tomar certos cuidados ao comunicar o feedback.

Para um feedback ser eficaz, é preciso que a comunicação seja o mais assertiva possível, de forma que a pessoa que está recebendo a mensagem entenda o que foi dito e porque foi dito, independentemente do seu perfil comportamental.

Definição simples

O feedback é toda informação que você fornece para outra pessoa ou recebe de alguém em relação a alguma situação, ou comportamento observado. Essa informação não se limita apenas a uma avaliação do ocorrido, mas também expõe a sua percepção sobre o fato.

Nas empresas, o objetivo principal do feedback é o desenvolvimento contínuo de profissionais e de processos.

Tipos de feedback

Há diversas terminologias e técnicas para esta prática, mas aqui selecionamos as principais categorias de abordagem de um feedback.

1. Reconhecimento: oferecer elogios sobre alguma atitude exemplar ou trabalho bem-feito, por exemplo. Demonstrar a gratidão e o reconhecimento reforça as ações positivas, incentivando as pessoas a continuarem neste bom caminho, além disso, gera maior motivação.

2. Avaliação: apresentar uma crítica construtiva após avaliar um comportamento que precisa ser melhorado.

É importante conhecer bem o perfil da pessoa que irá receber este feedback, assim como seu atual contexto pessoal e profissional. Isso porque nem todo o profissional está preparado para receber uma avaliação, de certa forma, negativa.

É preciso que o responsável por comunicar este feedback seja assertivo em sua fala, empático e que adote uma postura de comunicação não violenta para que o feedback não cause mais danos do que benefícios.

Para auxiliar neste sentido, é recomendável que o feedback de avaliação seja sempre acompanhado do feedback de orientação.

3. Orientação: guiar o desenvolvimento apresentando soluções e medidas objetivas.

Para que a avaliação não seja entendida apenas como uma crítica sem solução, é preciso orientar o que o profissional precisa fazer para se desenvolver e evoluir em suas competências técnicas ou comportamentais.

Quanto mais a orientação estiver ligada a um planejamento de carreira, com indicadores claros e objetivos sobre o que precisa ser desenvolvido, maiores serão as chances de sucesso.

Dicas para feedbacks empáticos, objetivos e funcionais

1. Para se comunicar de forma mais empática e assertiva, reflita nestas questões antes de oferecer o feedback:

A maneira como vou falar ou o que vou falar podem ser interpretados de outra forma? 

Qual é o meu foco: avaliar ou reconhecer?

O que espero de evolução após esse feedback?

Se eu recebesse um feedback dessa forma, como seria minha interpretação?

2. Seja o mais específico possível para evitar interpretações equivocadas.

Por exemplo, ao invés de dizer:

João, seu trabalho está ótimo! Continue assim!

Diga:

João, a sua estratégia de automatizar os processos com esta ferramenta foi ótima e aumentou demais a nossa produtividade. Parabéns e continue assim.

3. Utilize os momentos certos para cada tipo de feedback, mas considere também o momento do profissional.

No caso de um feedback de avaliação: ao perceber um comportamento incômodo ou que aponte uma necessidade de melhoria, o feedback de avaliação precisa ser próximo à data do ocorrido. Isso porque você pode esquecer do comportamento ou seu efeito não ter mais tanta relevância depois de um tempo. 

Numa situação em que seu colega de trabalho falou com você de forma grosseira, se você deixar o feedback para depois, correrá o risco de esquecer informações importantes para descrever a situação ou até “deixar para lá”. 

Em casos de reconhecimento: feedbacks positivos também têm seu momento ideal. É bom que o reconhecimento também seja próximo de alguma atitude positiva ou que trouxe bons resultados, uma vez que as informações também precisam ser lembradas para uma boa descrição.

Porém, em todos os casos, verifique, por exemplo, se o profissional está passando por algum momento difícil na vida pessoal, de forma que assuntos de trabalho talvez não sejam ideais no momento, mesmo que para um reconhecimento.

A premissa básica para entender o momento certo é saber se a eficiência da sua mensagem cairá com o passar dos dias com a prática da empatia com as pessoas que convive. 

4. Peça feedback para seus colaboradores, mas considere alguns pontos:

Outras pessoas podem não saber dar feedbacks da melhor maneira, então é preciso ter maturidade para ouvir sem reagir;

  • Pratique a escuta ativa, ou seja, ouça o que o outro tem a dizer sem fazer julgamentos;
  • Não interrompa enquanto estiverem te passando os feedbacks;
  • Não leve tudo ao pé da letra. Analise tudo com calma e filtre o que faz mais sentido, para ajudar, compare os diferentes feedbacks e procure pontos em comum;
  • Faça um planejamento pessoal para implementar as melhorias.

Por fim, a prática de dar e receber feedbacks precisa ser contínua e presente no cotidiano das empresas, não apenas algo que acontece de maneira formal e processual a cada período.


Para que essas experiências se tornem cada vez menos desconfortáveis e todos possam evoluir, é importante que o feedback esteja inserido na cultura da empresa, ou seja, faça parte do seu DNA. Desta forma só haverá benefícios para todos os envolvidos!

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