Tecnologia e diversidade à serviço da evolução das empresas

“Se diversidade é ser convidado para a festa, inclusão é ser chamado para dançar, e pertencer é dançar como se ninguém estivesse olhando”. Esse é o pensamento de Verna Myers, advogada de Harvard, especialista em Diversidade e Inclusão e vice-presidente na área de Inclusão da Netflix. E é a partir dessa ideia, que trazemos uma reflexão sobre o presente e o futuro da tecnologia e da diversidade no mercado de trabalho.

Imagine construir um ambiente organizacional que não leve em consideração o avanço da tecnologia ou que deixe de lado o que temos de mais importante em nossa sociedade: o ser humano. Assim como a linha da tecnologia vem se desenrolando e crescendo em ritmo acelerado, os debates sociais têm conquistado cada vez mais espaço. E esses dois pontos são motores impulsionadores de uma nova realidade.

Foi-se o tempo em que, para a construção de um time, levava-se em consideração apenas aspectos técnicos e o reforço dos mesmos estereótipos. Ficaram no passado aqueles processos de contratação registrados no papel, assim como a ideia de que para encontrar os melhores profissionais é preciso submetê-los a processos seletivos longos e demorados. O mercado de trabalho mudou, mas é notável que muitas empresas ainda não se atualizaram.

Um dos primeiros passos para tirar sua empresa do passado é analisar as características dos profissionais que fazem parte da sua empresa. Depois, é preciso repensar os processos de recrutamento e seleção utilizados e construir um novo caminho, mais moderno e inclusivo, com soluções digitais de Recrutamento e Seleção (ATS) .

Para entender mais sobre esse assunto, conversamos com a Diretora de Pessoas, Cultura e Diversidade da Select Soluções, Ana Di Roberto. Segundo Ana, as novas tecnologias para RH são capazes de trazer os profissionais mais alinhados com o propósito e a cultura da empresa. “Sem novas tecnologias voltadas para Recursos Humanos, o RH estratégico fica insustentável. Não dá mais pra ser arcaico, realizar processos manuais e sem larga abrangência de público com a velocidade que precisamos entregar. Plataformas de ATS com Inteligência Artificial e de Gestão de Colaboradores são imprescindíveis para alavancar os negócios”.

Além de simplificar processos de contratação, as novas tecnologias também se tornam aliadas na busca pela formação de times com maior diversidade cultural, étnica, abrangendo diferentes gêneros e orientações sexuais, entre outros grupos que lutam por visibilidade. “A inclusão já não pode mais passar despercebida. Entretanto, creio que essa luta ainda está muito distante de ser realidade para todos. É um caminho que precisa ser alimentado dia após dia, e que não pode cair no ‘piloto automático’”, ressalta Ana Di Roberto.

Apesar da evolução e das novas possibilidades, a profissional alerta que a diversidade tem sido tratada como pauta de uma maneira muito forte e expansiva nos últimos tempos, mas que não adianta apenas a empresa afirmar que é diversa se não tiver programas efetivos de desenvolvimento interno que possam disseminar e implantar essa cultura. Ou seja, não é só sobre falar, é sobre agir. “Tanto antes da entrada quanto na permanência do profissional na empresa é preciso que exista liberdade e respeito, todos precisam ser vistos e tratados com respeito, dignidade e empatia”.

Um pouco mais de aprendizado:

“Equipes diversas tornam os ambientes de trabalho mais acolhedores, diminuem possíveis julgamentos e permitem uma maior abertura para que todos manifestem seus pontos de vista. A diversidade e a inclusão, utilizadas como estratégia, potencializam qualquer time, uma vez que desenvolvem habilidades como empatia, escuta ativa e flexibilidade e compreensão diante de diferentes histórias de vida. Isso só tem vantagens para todos e propicia um ambiente com mais criatividade e inovação.” – Ana Di Roberto.